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Critica Sem Spoiler - Centaurworld (2ª Temporada)

  • Foto do escritor: Manuel Pessanha Costa
    Manuel Pessanha Costa
  • 20 de dez. de 2021
  • 4 min de leitura

A segunda temporada da série de animação original da Netflix CentaurWorld ou “mundos dos Centauros” estreou no dia 7 de dezembro de 2021. Depois que Nowhere King foi libertado no final da primeira temporada, Horse e os seus companheiros centauros terão que arranjar um bom exército para ajudar na grande batalha contra esta terrível ameaça.


Centaurworld foi uma das séries que me apanhou desprevenido a meio de 2021 e mostrou uma primeira temporada que misturava a bizarrice e loucura de um mundo de centauros, com a seriedade de um mundo devastado de humanos. Como podem ver na minha critica à primeira temporada da série (que podem ver aqui), embora tenha tecido elogios pela sua abordagem aos temas, ao desenvolvimento das protagonistas e ao mundo apresentado, critiquei a falta de equilíbrio entre humor mais fácil e a seriedade que a série pedia, além da falta de desenvolvimento de alguns dos personagens, principalmente pela parte do vilão apresentado. Já esta segunda temporada e possível última temporada da série, corrige os seus erros da primeira, embora não consiga ser tão perfeita quanto podia nem consiga fugir a outros problemas que lhe surgem.


A narrativa desta segunda temporada não é tão homogénea, oscilando muito ao longo dos episódios, quer a nível de tom ou até de qualidade. Os primeiros quatro episódios talvez sejam os mais fracos de toda temporada, pois mantém a mesma narrativa que foi apresentada na primeira temporada, mantendo assim também os mesmos problemas que foram descritos na primeira temporada, embora estes sejam mais diluídas com algumas passagens mais sérias nos mundos dos humanos. Já os episódios a seguir já conseguem ganhar mais forma, ao conseguirem explorar e desenvolver melhor as suas personagens, ao mesmo tempo que começa a intensificar mais os problemas e a seriedade do desenho. O equilíbrio entre humor e seriedade consegue ser mais bem afinado nestes episódios. O aparecimento de um certo poder por parte de um personagem, pode parecer à primeira vista, algo tirado do nada para conseguir extrair melhor esse exploração e desenvolvimento de personagens, mas este consegue ser coerente com toda a trama apresentada. Já o último episódio, e o maior de todos com mais de uma hora de duração, consegue ser aquele que sobressai melhor dos restantes, ao ser aquele que fornece todas repostas que necessitávamos, além de apresentar um ótimo plot twist. Não dá para dizer que é perfeito pois ainda mantém alguns problemas narrativos como personagens importantes para o desenrolar das respostas terem sido pouco apresentados, quer ao longo da série, quer ao longo desta temporada, o que acaba por não dar o peso ideal para o plot twist reservado. Outro problema narrativo fica na forma como algumas soluções foram tratadas que não parecem tão bem pensadas e calculadas. Mas de resto, este último episódio consegue cumprir com louvor o seu papel.


A nível de personagens, é onde esta temporada sobressai melhor. A horse mantém bom desenvolvimento ao longo da temporada, mostrando sempre que esta consegue cumprir o papel de protagonista que a série lhe confiou. Quanto Wammawink, esta perde um pouco de desenvolvimento, mas consegue evoluir melhora sua relação com os outros membros da manada. Já Duspleton foi aquele que conseguiu me surpreender nesta temporada ao apresentar uma relação fofa e genuína com um personagem introduzida na primeira temporada, como também apresentar um background intrigante, tornando assim um personagem mais “humano”. Ched também outro que se desenvolve melhor nesta temporada, embora não chegue aos pés dos restantes. Glandale também não deixa nada a desejar e mostra uma fragilidade forte dentro da sua personalidade extrovertido. Para terminar a manada, Zulius, é aquele que pouco se desenvolve nesta temporada. Agora, na parte negra da série, o personagem que com certeza merece todo o destaque pelo seu desenvolvimento e aprofundamento é com certeza o Nowhere King. Este personagem já mostrava que iria ter uma história profunda a aliada a ele, mas admito que não esperava aquilo que entregaram. E claro que o personagem além de ter uma trágica história, consegue com força executar o seu papel na trama como vilão. Já as restantes personagens conseguem se desenvolver de forma satisfatória.

Já a nível técnico, a segunda temporada mantém o seu espírito musical que foi tão bem entregue através de incríveis vozes na versão original e por músicas marcantes na primeira temporada. Nesta segunda temporada, embora as vozes continuem impecáveis, as músicas não conseguem ser tão memoráveis quanto na primeira temporada, sendo que as únicas que sobressaem são somente reprises de músicas já apresentadas na primeira temporada. Já a nível de animação, a série mantém a o seu estilo duplo dos dois mundos. Agora consegue se notar melhor o contraste ao colocar, por exemplo, os personagens de estilo exagerado de Centaurworld com os fundos severos e negros do mundo dos humanos. A fluidez da animação dos dois designs consegue se manter estável e bem executado.


Em resumo, a segunda temporada Centaurworld embora seja um pouco desajustada nos primeiros episódios, consegue desenvolver melhor as suas personagens e aprofundar o seu melhor o seu vilão. Não conseguindo fugir a muitos dos seus problemas, não deixa de ser uma temporada cativante que encerra esta série de uma forma bastante satisfatória. É pena termos que abandonar estes mundos tão rápido, pois ainda havia muito por explorar.




Pontos Positivos:

- Restantes episódios da temporada com bom equilíbrio entre humor e seriedade, desenvolvendo melhor os personagens.

- Último episódio com maior duração intrigante.

- Bom desenvolvimento da protagonista

- Despleton com uma relação fofa com outra personagem e bem aprofundado

- Nowhere King bem explorado e desenvolvido

- Vozes impecáveis na versão original, quer nas músicas ou nos diálogos.

- Animação com a mesma qualidade que a temporada anterior

- Fluidez da animação estável.


Pontos Negativos:

- Primeiros quatro episódios com os mesmos problemas que a temporada anterior, embora mais diluídos

- Personagens importantes para a narrativa que são pouco apresentados na série e na temporada, deixando o peso do plot twist mais frágil

- Algumas soluções apresentadas não foram bem planeadas.

- Músicas pouco memoráveis, tirando reprises de musicas da temporada anterior.


Nota: 17/20 – MUITO BOM

Comments


Fraco: 5 - 7,9;
Muito Fraco: 2 - 4,9;
Horrível: 0 - 1,9

Classificação (0 -20): 
Excelente: 18 - 20;

Muito Bom: 15 - 17,9;

Bom: 12 - 14,9;

Razoável: 8- 11,9;

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