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Critica Sem spoiler - Kid Cosmic

  • Foto do escritor: Manuel Pessanha Costa
    Manuel Pessanha Costa
  • 13 de fev. de 2021
  • 3 min de leitura


Kid Cosmic é uma série de animação do género de super-herói, que chegou á Netflix no dia 2 de fevereiro de 2021. Criado por Craig McCraken, o mesmo criador de Powerpuff Girls (1998 - 2005), Foster’s home for Imaginary Friends (2004 - 2009) e Wander over Yonder (2015 - 2019), a série conta a história de kid, um miúdo que sonha em ser um grande herói no meio de uma pequena vila no meio do deserto do novo méxico. Quando uma nave alienígena se despenha na Terra, deixando cair cinco pedras com poderes, Kid começa a formar uma equipa de super-heróis para defender a terra de Terríveis Aliens.


A primeira vez que tive contacto com o marketing desta série, esta nada me puxou pois parecia uma história genérica e já saturada. No entanto, ao dar uma oportunidade à série, descobri que estava a levar série em algo que ela não era e, claro, a julgar o livro só pela capa. Craig McCracken conseguiu trazer series diferentes, criativas e diferenciadas. Powerpuff Girls e Foster’s Home for Imaginary Friends marcou a infância de muitos na Cartoon Network e Wander Over Yonder (mais conhecido aqui em Portugal como Galaxia Wonder) mostrou uma série de divertida com personagens cómicos e bem trabalhados. Kid Cosmic é o resultado de todas estas séries e muito mais.

Ao contrário das séries anteriores, que cada episódio era individual e sem uma história que os ligasse, Kid Cosmic ao longo dos seus dez episódios, conta uma longa história, ou seja, cada episódio faz parte de um todo e não como algo separado. O arranque da série parece um enferrujado e demora um pouco para conseguir, pelo menos para mim, ganhar força para a avançar, mas quando avança, consegue ser uma série bem-humorada que faz grande tributo à banda desenhada de super-heróis, brincando com os seus clichês e desenvolvendo os seus personagens a partir deles. A narrativa consegue fluir bem durante os restantes episódios, quebrando a previsibilidade constantemente e surpreendendo a cada minuto. Os últimos episódios são uma autêntica aventura para os pequenos e para os mais velhos, deixando no final um território bem maior para explorar numa segunda temporada.

O grande destaque da série fica para o protagonista. Quem nunca, em pequeno, sonhou em ser um super-herói? Kid tem a oportunidade perfeita para realizar o seu sonho, e começa a desenvolver a sua personalidade, e ao mesmo tempo os seus poderes. Há medida que a série progride, o personagem amadurece começa a perceber melhor o que é ser um verdadeiro super-herói, que não passa só em bater em pessoas más, ou neste caso, em Aliens. Já as restantes personagens do pequeno grupo de super-heróis, conseguem ser bons a nível desenvolvimento e até têm grandes relações aos poderes que lhes são atribuídos. Jo é uma adolescente que quebra completamente o estereotipo de adolescente e vai mais além, conseguindo ser um bom gancho de liderança e racional. Rosa é uma criança que sonha em ser grande e toda o seu charme vem dessa dualidade entre os seus sonhos e o seu poder que a série consegue trazer com ela. O Papa G é um velhote bastante simpático que tem um bom coração e consegue ser uma âncora de bom senso do grupo. Para fechar o grupo, temos o Tuna Sandwich que é basicamente o gato. Mas não subestimem este personagem, ele poderá ser um dos personagens mais engraçados e fofos da série. Passando para o Vilão, Stuck Chuck assume este papel. O alienígena que serve o chefe para caçar as pedras, não só consegue ter um carisma bastante forte, como consegue contrapor o grupo, sendo quase uma fonte desmotivadora que quebra a positividade do grupo.

A nível de animação, a série destaca-se pelos traços mais caricatos e das suas cores saturadas, conseguindo dar sensação de estarmos a ver uma Banda Desenhada viva. A Fluidez da animação mantém-se ao longo da série, havendo poucas quebras. Já outro destaque fica no arranjo musical que consegue dar um tom eufórico e divertido à série, sem quebrar a sua proposta e o seu charme.


Kid Cosmic, No final de tudo, pode parecer uma serie de animação genérica e sem identidade, mas aos poucos consegue conquistar os mais novos e mais velhos, não só pelo seu humor e pelo charme que Craig McCracken lhe dá, como as inúmeras referências e brincadeiras que faz com as bandas desenhadas de super-heróis. É uma série com corpo e alma, que deixa no final, um gostinho de quero mais.





Pontos Positivos:

- Boa estrutura narrativa.

- Bom humor

- Personagem principal bem desenvolvido

- Grupo de personagens secundárias e vilão interessantes.

- Animação com traços únicos.

- Músicas eufóricas e divertidas.




Pontos Negativos:

- Arranque dos primeiros episódios um pouco enferrujados



Nota: 17 /20 – MUITO BOM


Comments


Fraco: 5 - 7,9;
Muito Fraco: 2 - 4,9;
Horrível: 0 - 1,9

Classificação (0 -20): 
Excelente: 18 - 20;

Muito Bom: 15 - 17,9;

Bom: 12 - 14,9;

Razoável: 8- 11,9;

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